Dom La Nena, a voz que sempre teve um lar.
By Isabella Jarrusso - sexta-feira, outubro 10, 2014
No momento que
descobri a jovem de 23 anos Dominique Pinto com o nome artístico, Dom La Nena, tive a sensação
de estar amando mais uma nova artista. Com carinha de menina, a voz tão
suave cantando em português, inglês, espanhol e francês, tocando seu
violoncelo que está presente em grande parte de suas músicas, percebe- se o
grande talento de uma nova artista da música nacional e internacional.
Descreveria
Dom La Nena como uma artista folk e de MPB. Suas canções falam de amor,
amizade, até de se sentir uma estranha em seu próprio país, por ter morado muito tempo fora mas que mesmo assim
sempre teve um lar, como no trecho de “Meu País”: Não venho daqui/ Não venho de lá/ Não venho de nenhum lugar/ Não lembro
onde cresci/ Mas sei que sempre tive um lar.
Já que a moça
na infância foi para Paris, na França. Depois voltou a morar no Brasil na adolescência e ao receber um convite para estudar com a violoncelista americana Christine Walevska (conhecida
como a “deusa do violoncelo”) mudou-se para Buenos Aires, na Argentina
por vários anos. E atualmente mora novamente na França. Toda essa mudança de países lhe rendeu muito
aprendizado na área musical e em suas letras.

Até agora Dom
La Nena gravou seu sensacional EP “Golondrina” e seu primeiro álbum “Ela”.
Seu primeiro
disco é uma junção de experiências de sua vida cantadas com a tão suave voz, em
versos de simplicidade e amor, com os diversos instrumentos nas 13
faixas de “Ela”. Suas músicas são aquelas que me fizeram ouvir diversas vezes
por mostrar delicadas melodias que lembra até aquelas canções de ninar como as músicas
“Sambinha” e “Menina de Olhos Azuis” e ao mesmo tempo a sensação de maturidade
de uma jovem em “Buenos Aires” e “Ela”.
Em uma noite
tive a chance de assistir ao um show da cantora em São Paulo. Cheguei ao local
onde me deparei com um pequeno e lindo salão, lembrava um antigo cabaré dentro
de um navio. Tinha poucas cadeiras e um palco baixo, com uma clássica cortina
vermelha. Neste palco vi vários elementos musicais. O já esperado violoncelo,
um tecladinho, um chocalho, uma guitarra, um ukulele e até uma vitrolinha vermelha.
Foi quase um show privado, poucas pessoas de diversas idades, que pareciam
apreciar a boa música. O clima era bom e melhorou ainda mais quando Dom La Nena
entrou no palco e se sentou. Ela amarrou o chocalho em seu pé para a percussão e começou a tocar o seu violoncelo.
Durante todo o
show ela mostrava tanta simpatia e simplicidade, chamando o pessoal para dançar
em casais e todos cantarem junto. E a cada música me surpreendia, pois ela
fazia tudo sozinha, todos aqueles instrumentos no palco, ela mesmo era a responsável
em usar, fiquei realmente impressionada.
Ela se levantava e pegava algum outro instrumento como tecladinho, que com uma timidez ela trocou as pilhas já sem bateria para novas. Na vez de tocar a guitarra disse com um sorriso “Não sou muito boa com guitarras” e ela é incrível com guitarras. Na vez de tocar o ukulele, ela andou por todo o pequeno salão e neste momento tive o contato com aquela artista que já tanto admirava.
No momento que ela ficou centímetros de mim sorri para ela, demostrando toda a minha fascinação e ela retribuiu de maneira tímida e gentil.
Por último ela usou a vitrolinha tocando sons que lembrava pássaros para servir de fundo, enquanto cantava e depois colocou um vela acesa em cima da vitrolinha, que ficou rodando como um disco na última música. Dando a sensação daqueles momentos de antigos concertos, que o publico usavam isqueiros para iluminar de maneira bonita o lugar.
Ela se levantava e pegava algum outro instrumento como tecladinho, que com uma timidez ela trocou as pilhas já sem bateria para novas. Na vez de tocar a guitarra disse com um sorriso “Não sou muito boa com guitarras” e ela é incrível com guitarras. Na vez de tocar o ukulele, ela andou por todo o pequeno salão e neste momento tive o contato com aquela artista que já tanto admirava.
No momento que ela ficou centímetros de mim sorri para ela, demostrando toda a minha fascinação e ela retribuiu de maneira tímida e gentil.
Por último ela usou a vitrolinha tocando sons que lembrava pássaros para servir de fundo, enquanto cantava e depois colocou um vela acesa em cima da vitrolinha, que ficou rodando como um disco na última música. Dando a sensação daqueles momentos de antigos concertos, que o publico usavam isqueiros para iluminar de maneira bonita o lugar.
Acabando o
show, comprei seu EP “Golondrina”, uma versão limitada, sendo assim um vinil de
tamanho menor e todo branco, não podia estar mais realizada do que fiquei
naquela noite.
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Um foto rápida que tirei quando ela estava em minha frente |
Dom La Nena é
um brilho de talento. Com toda a sua simplicidade e poder musical, ela agrada pessoas
ao redor do mundo. E ela parece desconhecer esse poder, tornando-a ainda mais especial.
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